sábado, maio 11, 2002
O homem da minha vida hoje
Não contavam com Os Pistoleiros
Quando vim para São Paulo, morava com meu amigaço amado Fábio Bianchini, de quem MORRO de saudades. Antes disso, quando ainda morava com meu ex-namorado em Porto Alegre, Bianchinho sempre me abrigava. Pouco antes da mudaça definitiva, em alguma vez que arranjei alguma desculpa para vir pra São Paulo, ele começou a me mostrar fotos e mais fotos de seus amigos catarinenses. Tinha um que era ALTOS GATO e em todas as fotos eu dizia "uhh! quem é esse?", e era sempre o mesmo: Diógenes Fischer. Ele então resolveu me mostrar a banda do moço, chamada Os Pistoleiros, que é, na minha humilde opinião, a melhor banda do Brasil. Gravei imediatamente o cd e mandei um email groupie para o moço, que respondeu educadamente e corretamente. Além de ser ALTOS GATO e talentoso, ainda pontuava bem e fazia boas piadas. Obcequei. O que foi uma coisa absurdamente boa, porque naquela época ainda existia Napster e eu ficava procurando pessoas que tivessem mp3 deles. Na verdade, eu estava era tentando encontrar o Diógenes pra puxar papo, mas acabei encontrando a Desirée, que pouco depois tornou-se minha eterna companheira no crime de pegar músicas dos outros e assassiná-las impiedosamente. Mentira, nossas versões são muito legais. E eu conheci a Desi no Napster por causa dos Pistoleiros. Não é legal?
No ano passado, eu tinha tomado a resolução de não perder nenhum festival. Quase consegui: fui ao Abril Pro Rock, Circadélica, Bananada, Reading e mais uns outros que esqueci. E foi no Bananada (de longe o festival mais divertido de todos os tempos) que conheci o Diógenes ao vivo. Minha obsessão piorou 100% e eu passei o tempo todo literalmente babando nele, que não me dava a menor bola. Mesmo. E eu estava completamente apaixonada pelo menino. Sabe, eu tenho aquele probleminha de projeção. Então eu estava cegamente apaixonada por ele e fiquei mal porque ele não me deu bola nem tchau quando foi embora. Escrevi milhares de letras no ônibus de volta para Brasília -- o Bananada é em Goiânia. Aliás, está sendo. Agora, neste momento. Não pude ir porque sou pobre e estou puta com isso.
Meu namoro já andava meio capenga, e umas duas semanas depois do Bananada era o meu aniversário. Tinha show d'Os Pistoleiros em Floripa, então, nem pestanejei e fiz o que tinha que fazer: briguei com meu namorado e fui lá encontrar o Bianchinho e babar no Diógenes. Tomei um grande porre de whisky e tive a maior das ressacas morais no dia seguinte, mas valeu a pena, porque o show deles foi FO-DA. Eles são muito, muito bons. Postarei, em seguida, o textinho sobre eles que escrevi na Revista Atlântida. Voltei pra casa, passei por uma enorme crise conjugal e um mês depois, estava morando em São Paulo, no quartinho de empregada do Bianchinho, que mais parecia uma despensa. Preciso scanear uma foto daquele lugar. Meda, pânica, horrora. De qualquer forma, minha obsessão pelo Diógenes foi diminuindo, definhando, até que virou só admiração pelo enorme talento do menino. Vê-lo no palco é uma experiência quase sexual pra mim; ele toca com um tesão, toca de um jeito, meio sorrindo, que dá vontade de estuprá-lo ali mesmo. Mas enfim, ele não quis me dar. Tudo bem, porque o simples fato de eu ter conhecido a Desirée por causa dele já valeu. Tudo sempre vale pra quem não tem nada a perder.
Com licença, você se importaria se eu lambesse o seu suor?
.: Clara Averbuck :. 11:52 AM
|