segunda-feira, abril 15, 2002
I love my life to death
Já escrevi uma vez sobre não ter amor à vida e andei pensando nisso de novo, enquanto estava sentadinha aqui cantando para o Joo. Ele adora quando canto pra ele; fica com os olhos semicerrados e mexendo as orelhinhas lindas de leve, escutando e ronronando fraquinho. Furrando, como a gente dizia lá em casa. Frr frr frrrrrrrr frr frrr.
Mas é o seguinte: eu tenho muito amor à vida. Muito. Mas é ao momento, não ao futuro. Eu vivo, não fico guardando meu corpo e meu dinheiro (dinheiro?) para o futuro, quando eu for velha, usar corega e não puder aproveitar. Agora eu quero mais é fazer o que ficar com vontade, mesmo que isso possa me foder no futuro. O futuro vem só depois, e o que me interessa é agora. It's better to burn out than it is to rust.
E agora está amanhecendo. Detesto dormir depois que amanhece, a não ser que já seja de tarde, depois que a manhã passou. Então eu vou ali ouvir a Nina de novo e de novo e de novo e dormiiir, antes que o Pinheiros - Largo da Batata comece, porque ainda não arranjei o rifle.
.: Clara Averbuck :. 6:08 AM
|