i gave my life to a simple chord

sexta-feira, agosto 29, 2003

Sim, o blog está abandonado, cheio de teias de aranha, mais por falta de saco do que por falta de tempo. Virei uma dona de casa, é verdade. Lavo roupa no tanque. No tanque! Nunca pensei. Sempre quis preencher formulários e assinalar "do lar" na profissão. Sensacional.

Mas já que reclamam tanto que o blog faz falta, por que não lêem a Tribuna da Imprensa nas sextas? Eu tou lá, sempre. Nem sempre inédita, é verdade. Quase sempre. Às vezes eu sou tomada de uma puta preguiça do caralho e mando umas coisas muito velhas, mas ninguém nunca reclamou. Duvido que o povo que lê a Tribuna da Imprensa leia o meu blog. E vice-versa. Comprem a Tribuna da Imprensa, leitores. Escrevam para lá falando que me amam e que compraram o jornal só por minha causa, mesmo que seja mentira. É que eu preciso de dinheiro para comprar fraldas e Nan. Nan é um leite em pó que dá prisão de ventre na minha filha, mas que o pediatra mandou dar porque meu leite não sai direito. Tenho que ficar me ordenhando e comprando Nan. E Nan é caro. Então ajudem, vocês que estão aí sem fazer nada.

Tá um frio absurdo em São Paulo. Faz três dias que não saio de casa. Não por opção, porque não dá mesmo. Tudo que eu queria hoje era encontrar meus amigos e ficar bêbada, mas não tem ninguém pra ficar com a Catarina, então eu vou ter que ficar em casa lendo e assistindo tv aberta. Super excitante. Yeah. Alegria.

A festa da Fun House foi foda. FODA. A melhor festa que fui nos últimos tempos. Ok, a melhor festa que fui nos últimos anos, já que foi a ÚNICA festa em que eu fui nos últimos tempos. Foi foda. Os shows foram foda. Estava muito cheia, muitas pessoas, me perdi de todo mundo. Fiquei muito bêbada pra caralho para tirar o atraso. Tentei dirigir o carro do meu namorado, e eu não sei dirigir. Não consegui, obviamente. Ele não permitiu. Nem precisava, porque eu sequer consegui ligar o carro, tinha pisado no corta-combustível. Eu e ele ficamos até o meio-dia tirando caixas e bebidas e coisas de lá. Eu mal me agüentava em pé. Meu salto e meu teor alcoólico eram muito altos. Daí, quando eu rolei escada abaixo e quebrei uma cachaça em cima de mim, o Marcelo achou melhor me deixar no carro, mas eu insistia em ajudar. Tinha uns caras escrotos, acho que eram os peões que estavam desmontando o som, ajudando a gente. Uma hora eu me rendi, deitei no balcão e um desses orangotangos me deu um beijo na barriga. Se eu estivesse um pouco menos morta e se eu tivesse conseguido ver quem foi, teria quebrado uma garrafa e enfiado no pescoço do cara. Eu só consegui xingar e rolar para baixo e me trancar no carro, xingando mais ainda. Que ódio. Filho da puta. Sujo. Escroto. Porco. Se aproveitando da mulher do dono do bar só porque ela estava deitada de sutiã em cima do balcão. PORCO. Eu fiquei tão puta que nem consegui xingar direito. E agora, quando me lembro, o sentimento volta, estou tão puta que não consigo pensar em adjetivos a altura para aquele paspalho. GRRRRRRRRRRRRR.

Mas enfim. O que eu vim fazer aqui, na frente desse computador, era postar umas crônicas semanais da Tribuna, já que tanto reclamam que o blog está morto. Mas agora deu preguiça.
Força, Clarah. Força. Vencerei a preguiça. 1, 2, 3.

.: Clara Averbuck :. 8:13 PM

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  • wanna find me?
  • miau?
  • me espalhe, sou uma peste
  • eu leio a bust