quarta-feira, maio 08, 2002
SOS GATINHOS
Não sei o que seria de mim sem o Joo. Sério. Ele foi o único que ficou do meu lado (e que eu queria ao meu lado) nos momentos mais fodidos da minha vida.
Esse papo de que gato é traiçoeiro é a maior mentira do mundo. As pessoas chegam contando sobre o gato da tia que arranhou o olho da priminha e yadda yadda... Como se os gatos fossem todos iguais. É mais ou menos como o sujeito falar "conheci uma mulher e ela partiu meu coração" e ficar pra sempre sozinho, ou então "comi pão uma vez e tinha gosto de merda", como se existisse só um tipo de pão. Essa é uma das coisas mais legais nos gatos: eles têm uma puta personalidade e são completamente diferentes uns dos outros. Quando as pessoas descobrem que minha mãe tem trinta e poucos gatos (nem eu sei mais quantos são), ficam perguntando se ela sabe a diferença entre eles. Porra, é claro que ela sabe. Eu também sei. Impossível não saber, a não ser que você seja mongo.
Eu não vivo sem gatos. Não vivo sem o Joo. Ele tá aqui do meu ladinho agora, todo enroscado, todo fofo e gordo e lindo.
E eu acho que você deveria adotar um gatinho imediatamente, se é que você ainda não tem um.
A SOS Gatinhos e a Gatinhos da Santa Casa têm uma tonelada de nenês gatos, gatos adultos e gatos anciãos que foram abandonados por seus donos idiotas e sem coração. Estou apaixonada por metade dos gatos do site, mas eles não cabem todos aqui. Quando eu virar rockstar, vou comprar um sítio e encher de gatos. E cachorros. E de todos os bichos que estiverem abandonados na rua e precisarem de casa.
Já que estamos aqui, visitem o GABEA, a entidade de proteção aos animais onde minha mãe trabalha. Se você for de Porto Alegre e quiser um gatinho, já sabe. Fale com a Mãe Averbuck que ela arruma um bichano para você.
Cara, acho que eu sou um gato. Eu vivo de noite, sou preguiçosa, só conseguem me pegar no colo quando eu deixo e quero... Deve ser a convivência. As piadas a respeito deste comentário serão tacitamente ignoradas.
E agora, senhoras e senhores, a música sobre o fim do meu último e derradeiro namoro.
A história de uma gata
Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram
O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... de gato
Me diziam todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
Nós, gatos, já nascemos po-o-bres
Po-rém, já nascemos li-i-vres
Senhor, senhora ou senhori-i-o
Felino, não reconhecerás!
De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da putaria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim
Nós, gatos, já nascemos po-o-bres
Po-rém, já nascemos li-i-vres
Senhor, senhora ou senhori-i-o
Felino, não reconhecerás!
=^..^=
prrrrrrrrrrrrr
.: Clara Averbuck :. 4:12 PM
|