quarta-feira, maio 22, 2002
Friiiio. Adoro frio.
Mas não tem gás na minha casa. E eu não possuo reais para comprar gás. Então vou ficar aqui no M. até ter coragem de ir pra casa.
Chove bem fininho, parece neve. Dá pra imaginar o frio entrando nos ossos, o vento se aproveitando de todas as frestas. Adoro frio.
Aiai. Esse céu cinzento de São Paulo me dá um aperto no coração.
Tem uma música do Nico Nicolaiewsky, gravada pelo meu pai, chamada Cidade Solidão.
Nada pode ter a dimensão de uma desculpa
Louca, abnegada, prisioneira do convento
Lento, mas fatal assim como afinal no fim
Creio que esse riso amarelado seja um câncer
Contraído pelo mal-estar do sofrimento
Never fall in love again
De hoje em diante, acredito em inferno astral. Em qualquer inferno, para falar a verdade.
.: Clara Averbuck :. 2:04 PM
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