i gave my life to a simple chord

quinta-feira, janeiro 10, 2002

I swear one day we're gonna leave this town

Voltei. Consegui.

A viagem foi o horror. Primeiro dois manés vieram encher o meu saco, mas consegui espantá-los cantando Fear Of The Dark com a voz do Batatinha. A coisa está saindo do controle. Você pensa que o Batatinha é um ser pacato, amigável e gentil, não é? Engana-se. Ele me faz passar vergonha. Ele controla a mente e a voz das pessoas. E ele vai fazer isso até eu e o Nix gravarmos o disco Batatinha sings. Mas eu estava falando da viagem. Eu nunca vou entender porque eles precisam botar o argh condicionado no polar. Tentei me proteger com minha toalha do Frajola, mas foi inútil: congelei. Chegando aqui, liguei para a minha garota e ela e mais duas amigas nossas vieram me buscar para ir em um... bar de motoqueiros. Mo-to-quei-ros. Em São Caetano. O horror. Mullets e couro por todos os lados. Me restou beber a PIOR VODGA DO UNIVERSO INTEIRO. Cara, estou acostumada a beber vódega ruim, vódega Balalaika e tudo, mas aquilo lá era MUITO RUIM DEMAIS. E eu fiquei muito bêbada demais com quatro reais. E ganhei o concurso de pior cantada de todos os tempos: "oi, você curte videokê?"
O pior é que o cara curtia. Curtia e me indicou um videokê e combinou de se encontrar comigo de novo. Eu disse que meu nome era Anne e que eu morava na Inglaterra enquanto as meninas estrebuchavam de rir ao meu lado. "Você tá me tirando?" "Eu? Eu não. Elas estão rindo de bobas. Elas são bobas. Não dá bola". Foda. Bom, depois um menino de topete tentou me ensinar a dançar, mas desistiu dizendo que estava bêbado. Sei. A partir daí tudo é lembrado em blocos. Lembro de não aceitar a cerveja de um velho chato que quis sentar na nossa mesa e ainda expulsá-lo delicadamente de lá. Lembro do meu hambúrguer cair no chão e eu ignorar, juntar e comer. Lembro de perder o canudo e a dignidade no chão do carro da Cami. Não lembro de entrar em casa. Acordei hoje na pior ressaca que já tive na vida. Não entendia nada e estava com um cabeção. O horror, o horror.

Agora eu gostaria de um esclarecimento da parte dos meninos.
Por que diabos os operários e afins fazem aquele som de quem está sugando um macarrão para as coxas e bundas e peitos e demais partes das garotas passantes?
Suuuug. Eu nunca entendi isso. O que quer dizer? "Você é massa?" Não entendo. Esclareçam. Sério.

Estou levemente disléxica hoje. Perdoem-me.

Vamos às coisas bizarras da estrada:

Coisas bizarras da estrada

1. Uma faixa escrito "Beto Barbosa". Não deu pra ver o resto porque foi rápido, mas só existem três possibilidades: ou era O Beto Barbosa, ou era um tributo (praticamente impossível), ou existe outro Beto Barbosa (ainda mais improvável). Então o homem que canta "preta, fala pra mim, fala o que você sente por mim, oioioiooooooi" canta em bares de estrada. Yeah.

2. Uma placa indicando o caminho para... Austin. AUSTIN??? Tem um portal pro Texas na Via Dutra ou o quê???

3. Kiss Motel. O logo usava as letras da banda. Kiss, com os raiozinhos no lugar dos esses. Combina com a oficina mecânica que usava o logo do Metallica.

4. A descarga e a torneira do banheiro eram ativadas por interruptores. INTERRUPTORES DE LUZ. Com direito a legenda. Surreal. Fui obrigada a fotografar.

Ressaca. Ressaca. Vou ali comer e beber muita, muita água. E fazer o texto logo pra eu e o lorão darmos continuidade aos nossos projetos ambiciosos de escrever de graça, já que ninguém paga.


Ah, sim: CONSERTEI MEU EMAIL E ELE NUNCA MAIS SERÁ MUDADO. Escrevam todos felizes para pinup79@poeira.org.

.: Clara Averbuck :. 7:31 PM

Acesse os arquivos por aqui:

  • wanna find me?
  • miau?
  • me espalhe, sou uma peste
  • eu leio a bust